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COVID-19: sugestões de medidas para mitigação de riscos e fomento ao crédito

COVID-19: sugestões de medidas para mitigação de riscos e fomento ao crédito
Renan Schaefer
mar. 27 - 9 min de leitura
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Mais do que nunca, devido às incertezas causadas pela pandemia do COVID-19, diversas iniciativas estão sendo tomadas com o intuito de viabilizar crédito e assim condições de sobrevivência das MPME's no Brasil, ajudando também a evitar um impacto mais grave na economia. 

Nesse sentido, desenhamos algumas sugestões de medidas, que foram revisadas pela diretoria da ABFINTECH em conjunto com outras fintechs e serão encaminhadas ao Banco Central nos próximos dias.

Mais do que nunca, agradecemos à todos que estão ajudando outras pessoas, cada um do seu jeito e dentro de suas devidas limitações. Sem essa união, nesse momento de crise, o impacto seria muito. 

Medidas de curtíssimo prazo

1) aportes por parte do BNDES, FINEP e Tesouro Nacional em FIDC’s, em cotas sub e mezanino para liberar liquidez para fomento ao crédito, garantidos em parte por recebíveis futuros de empresas e fundos garantidores.

  • Investimentos diretos do tesouro nacional, ou via bancos públicos, como BNDES, BNDESPar, BB, CEF, poderiam viabilizar novas operações de crédito para PME’s através de fintechs. Hoje, a maior parte das fintechs operam com FIDC’s e, com o excesso de resgate devido às incertezas advindas do COVID-19, essa injeção em cotas sub e mezanino poderia reestabelecer a liquidez no mercado de crédito para PME’s. Somente a a55 possui mais de R$500 milhões em demanda de crédito que precisariam ser atendidas.
  • As injeções de capital, aliadas à parceria com fintechs, poderia capilarizar os recursos no mercado e atender às demandas das PME’s que não conseguem acessar capital.
  • Como mitigador de risco, seria possível usar um modelo de crédito lastreado em recebíveis futuros e aval de sócios, onde uma ferramenta de monitoramento de cobranças e contas bancárias fará o serviço de gerenciamento de risco e evitando inadimplência. Essa ferramenta já é utilizada pela a55 e já viabilizou mais de R$80 milhões em créditos para mais de 40 empresas. Ela é também uma solução de software direcionada a credores para acompanhamento e controle de garantias, capaz de integrar múltiplas contas bancárias em um só lugar, trazendo uma visão estratégica dos recebíveis faturados em uma conta vinculada dada em garantia, além de proporcionar os credores um maior controle sobre o fluxo de caixa dos devedores.

2) parceria do BNDES, FINEP, CEF, BB, Bancos e Agentes de Fomento Regionais com fintechs para capilarização de crédito para MPME’s.

  • Aprovação dos critérios de elegibilidade que funcionem para os bancos públicos e privados (faturamento mínimo, ticket mínimo e máximo, prazo máximo, possibilidade de refinanciamento ou carência, taxa mínima de juros);
  • a55 e demais fintechs ficam responsáveis pela originação e análise das empresas;
  • a55 e demais fintechs aprovam as empresas em comitê de crédito interno de acordo com critérios de elegibilidade previamente acordados com os bancos públicos e privados e agentes de fomento;
  • a55 e demais fintechs enviam relatório e modelo de crédito para aprovação dos bancos públicos e privados e agentes de fomento;
  • Bancos públicos e privados e agentes de fomento aprovam ou rejeitam as operações em prazo determinado (prazo médio de 48 horas após comitê de crédito);
  • a55 e demais fintechs solicitam abertura de conta vinculada e emissão de CCB (ponto importante definir quem seria o banco emissor ou se continuamos usando o nosso banco parceiro para endossar aos bancos públicos e privados e agentes de fomento);
  • a55 faz monitoramento dos recebíveis e conta vinculada do cliente através do Monithor;
  • em caso de inadimplência a a55 e demais fintechs fazem cobrança dos clientes;
  • a55 cobra pelo monitoramento via Monithor;
  • Flexibilização do modelo da garantias para operações de crédito;
  • Uso do FGI BNDES, Fundos de aval regionais e nacionais, recebíveis futuro;
  • Parceria com fintechs de crédito para monitoramento de garantias e gestão de risco de crédito.
     

  • Estimativa de impacto:R$ 5bi;

  • Estimativa de pelo menos 500.000 empregos mantidos no país;
  • Estimativa de crescimento de pelo menos 5 a 7% da arrecadação de impostos;
  • Melhoria do ambiente de negócios no país;
  • Sustentabilidade na geração de empregos e renda no país;
  • Atratividade para novos investimentos privados;
  • Acesso à recursos para novos empreendedores em diversos setores da economia;
  • Desenvolvimento econômico sustentável;
  • Aumento de pelo menos 10% - 15% no número de novas empresas no país;
  • Aumento do acesso à crédito para empresas;

    • Capilarização do crédito no país
    • Uso de tecnologia para originação de novos negócios, estruturação da operação e das garantias, monitoramento de garantias e riscos;
    • Bancos e agentes públicos de fomento:
      • Recursos para operações de financiamento
      • Análise de mérito de projetos de inovação
      • Uso do FGI para complemento de garantias – a55 no monitoramento dos recebíveis do FGI

  • Fintechs:

  • Fintechs + BNDES, FINEP, Tesouro, BB, CEF, Bancos e Agentes de fomento regionais
  • Injeção de liquidez em mercados de dívida corporativa, fundos de crédito, lastreadas por ativos públicos e fundos garantidores;
  • Monitoramento do FGI BNDES via ferramentas de gestão de recebíveis – Ex.: SuaReceita (a55).

 

  • Uso de ativos e imóveis públicos de entes como CEF, BB, União, para criação de Fundos de Investimentos Imobiliários, que serão usados como Fundos de Aval e complemento de garantia para operações de crédito com bancos;
  • Uso de empresas públicas estaduais (SP Parcerias, SCParcerias, MTParcerias, dentre outras de outros Estados da Federação) e imóveis dos Estados como forma de criação de fundos garantidores de crédito para operações bancos de fomento regionais;
  • Criação de fundos de endownment com ativos de empresas públicas nacionais e estaduais como um fundo garantidor de crédito;
  • Uso de recebíveis futuros de impostos federais e estaduais como forma de complemento e liquidez para fundos garantidores;
  • Fundos Estaduais, como o FADESC de Santa Catarina, para complemento de garantia para operações de crédito para MPME’s;
    • Fundo Garantidor de Investimentos dos Estados – Mecanismos de garantia a empréstimos para empresas de tecnologia, startups, MPE’s, etc.
    • O fundo seria lastreado por recebíveis de impostos do Estado, FADESC, ativos imobiliários, recebíveis de empresas investidas por SCPar, CODESC, etc.
    • Parceria com setor privado para operação de empreendimentos públicos e valorização dos ativos públicos – Exemplo do FII de São Paulo que possui R$1bi em ativos -, equipamentos de turismo, ambientes de inovação, iluminação pública, etc.
  • Captação de recursos para investimentos em infraestruturas de saúde municipais através de Certificados de Potencial Adicional de Construção (CEPAC’s), semelhante ao que foi feito para a construção da avenida Faria Lima em São Paulo, Porto Maravilha, dentre outras iniciativas;
  • Aportes por parte do BNDES, FINEP e Tesouro Nacional em FIDC’s, em cotas sub e mezanino para liberar liquidez para fomento ao crédito, garantidos em parte por recebíveis futuros de empresas e fundos garantidores;
  • Criação de Sociedades Garantidoras de Crédito pelo setor privado, exemplo da operação criada pela Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE), que será anunciada dia 26/3 às 16:00.
  • Parceria do BNDES, FINEP, CEF, BB, Bancos e Agentes de Fomento Regionais com fintechs para capilarização de crédito para MPME’s;
  • Utilização do salso do FGTS como garantia para empréstimos pessoais ou para PMEs, neste caso sendo dos sócios das empresas;
  • Possibilitar que as fintechs atuem como repassadores mesmos sem serem instituições financeiras
  • Flexibilização do modelo da garantias para operações de crédito
    • Uso do FGI BNDES, Fundos de aval regionais e nacionais, recebíveis futuros
    • Parceria com fintechs de crédito para monitoramento de garantias e gestão de risco de crédito;
  • Estimativa de impacto – R$ 5bi
    • Estimativa de pelo menos 500.000 empregos mantidos no país
    • Estimativa de crescimento de pelo menos 5%-7% da arrecadação de impostos
    • Melhoria do ambiente de negócios no país
    • Sustentabilidade na geração de empregos e renda no país
    • Atratividade para novos investimentos privados
    • Acesso à recursos para novos empreendedores em diversos setores da economia
    • Desenvolvimento econômico sustentável
    • Aumento de pelo menos 10% - 15% no número de novas empresas no país
    • Aumento do acesso à crédito para empresas
  • Fintechs + BNDES, FINEP, Tesouro, BB, CEF, Bancos e Agentes de fomento regionais
    • Fintechs:
      • Uso de tecnologia para originação de novos negócios, estruturação da operação e das garantias, monitoramento de garantias e riscos;
      • Capilarização do crédito no país
    • Bancos e agentes públicos de fomento:
      • Recursos para operações de financiamento
      • Análise de mérito de projetos de inovação
      • Uso do FGI para complemento de garantias – a55 no monitoramento dos recebíveis do FGI
  • Injeção de liquidez em mercados de dívida corporativa, fundos de crédito, lastreadas por ativos públicos e fundos garantidores;
  • Monitoramento do FGI BNDES via ferramentas de gestão de recebíveis – Ex.: SuaReceita (a55);

Renan Schaefer Andrade – CNPI-P, MBA.

 


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