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Os desafios da cultura “open”

Os desafios da cultura “open”
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jun. 29 - 2 min de leitura
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O processo de transformação digital, acelerado pela pandemia, tem impactado (em sua maioria) positivamente a agenda de inovação tanto do setor público quanto do setor privado no Brasil e mundo afora no processo de tomada de decisões. E isso passa pelo open everything (and everywhere).

O principal motor dessa mudança tem sido o setor financeiro, que acaba puxando os demais setores. Houve a bancarização das classes D e E e nunca se vendeu tanto via ecommerce como agora, o que fez com que pequenos negócios antes extremamente tradicionais e céticos quanto a esse modelo de compra e venda se rendessem ao avanço tecnológico. Todas os elos da cadeia do varejo tiveram que repensar seus modelos, suas decisões de compra, contratações, vendas, demissões, riscos, etc.

Isso traz outros desafios não menos importantes: como fica o acesso a esses dados dos shoppers e o cumprimento à LGPD? E a qualidade do atendimento? Temos visto cada vez mais a adoção dos chatbots como “desculpa” da pandemia por parte de algumas empresas no atendimento/suporte pós-venda, o que acaba criando um looping interminável no acesso do consumidor ao fornecedor.

Por outro lado, temos visto no Brasil um setor que ainda caminha a passos lentos no quesito integração sistêmica dos seus dados: a saúde. Diferentemente do lançamento do Pix e do open banking, estamos bem longe de uma agenda open health, de modo a integrar toda a cadeia da saúde no país, acarretando bilhões de prejuízos e mantendo as mensalidades dos planos de saúde nas alturas.

Finalmente, tem-se o OpenGovtech, ou seja, a maior adoção da inovação por parte do setor público, que trouxe uma melhor qualidade dos serviços prestados ao cidadão, que viu seus anseios e desejos engavetados por décadas pelos governos e prefeituras serem atendidos a passos largos e em escala nacional.

Cada vez mais vemos surgir a necessidade de pequenos negócios formarem seus conselhos consultivos (muitas vezes de modo informal mesmo), para que os apoiem nessa jornada de transformação digital e os auxiliem nos processos de tomada de decisões.


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