1. No Mercado de Investimentos: Discussões sobre o modelo de VCs, os valuations e IPOs de empresas sem lucro, a atuação do Softbank/Vision Fund com uma provável perda somada de US$ 11 bi entre Uber e Wework e, até a Goldman Sachs, que poucas semanas atrás apontou um valor entre US$ 60 bi a US$ 90 bi para a Wework. Foi aberta uma grande ferida entre sonho e fraude.
2. Na Relação entre Founders e Investidores: Desde a volta de Jobs para Apple, e o sucesso de Gates na Microsoft nos anos 2000, o encantamento com fundadores messiânicos não era quebrado. Embora entre as grandes, apenas o questionado Mark continue, o case da Wework deve marcar um novo ciclo na balança de poder nas relações entre fundadores e investidores.
3. Na própria Wework: A empresa tem 15 mil funcionários e é a primeira e a segunda maior inquilinas de cidades como NY e Chicago. Deve haver uma profunda reestruturação e demissões em massa para atravessar o furacão e deixar de queimar US$ 700 mi por trimestre. Se atravessar.
4. Na Governança: Mesmo antes da saída de Adam Neumann haviam questionamentos sobre transações pessoais. Publiquei aqui em Janeiro. Agora há questionamentos mais severos sobre o Conselho da empresa que negligenciou o dever de diligência ou aprovou um avião sem asas de US$ 60 bi. A demissão de Adam, ainda embolsando US$ 700 milhões, foi reativa e não atenua as críticas ao Conselho. Esse turbilhão em poucas semanas lembra o que dizemos no MasterClass em Governança & Nova Economia: “A governança não é para fracos. Agora também não é para os lentos”.
Em outro post recente aqui na Comunidade sobre o caso da Netflix, perguntei: “As quedas também são exponenciais?”. Parece que a Wework se apressou em responder que sim.
Fontes e mais infos: