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Open everything – e agora?

Open everything – e agora?
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jul. 2 - 2 min de leitura
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A necessidade e o desejo de integrar sistemas e permitir o compartilhamento de informações sempre foi uma ideia no mundo da tecnologia da informação com o objetivo, principalmente, de automatizar processos e reduzir custos. Mas a falta de padronização dos dados entre os diferentes sistemas gerava um custo muito alto, que dificultava a integração entre eles. Nos últimos anos o avanço na indústria permitiu o surgimento das APIs (Interface de Programação de Aplicativos), conjunto de padrões e protocolos que permite a comunicação entre diferentes sistemas e plataformas.

Resolvido o problema da integração de dados, aprimorou-se o cenário tecnológico para que as organizações implementassem, na prática, o conceito de “empresas em rede”, ou ecossistemas empresariais, onde o compartilhamento de informações, produtos e serviços geram maior competitividade, sinergia e inovação.

Nesse cenário de competição entre redes/ecossistemas, as informações eram compartilhadas e até mesmo comercializadas pela conveniência das organizações, sem consentimento de seus clientes, o que gerava exposições desnecessárias sem, necessariamente, oferecer benefícios aos verdadeiros donos dos dados.

Ações governamentais como a LGPD têm o objetivo de regrar e melhorar a gestão dos dados e informações que estão sob o domínio das organizações. Além disso, reguladores de importantes mercados já trabalham ou estão se planejando para padronizar o compartilhamento de dados, estando o mercado financeiro (bancos, seguradoras e fundos de investimentos) entre eles.

A expectativa é que esse mesmo movimento ocorra em segmentos como saúde e telecom. A grande transformação do mercado, porém, está relacionada ao poder das pessoas, ao entendimento de que o verdadeiro dono do dado é o cliente/usuário daquela instituição.

A partir dessa visão de propriedade dos dados, as pessoas serão as responsáveis pela decisão de compartilhá-los e pela democratização e simetria das informações nos diferentes mercados. Assim, o centro de decisão vai mudar e os gestores das empresas terão o desafio de entender e se adaptar à nova realidade.

As empresas e seus ecossistemas deverão frequentemente revisar suas estratégias de produtos e serviços, pois seus diferenciais dificilmente serão mantidos por muito tempo. Não bastará ter acesso aos dados, mas será preciso saber o que fazer com eles. Essa é a nova revolução. O desafio estará nas mesas dos gestores e conselhos. 


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