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O papel dos conselhos no mundo pós-Covid

O papel dos conselhos no mundo pós-Covid
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mai. 27 - 3 min de leitura
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O ano de 2020 e boa parte de 2021 vão ficar em nossas memórias como grandes transformadores da sociedade. Esse movimento, de certa forma, já vinha ocorrendo, mas com a chegada da Covid-19 a aceleração foi exponencial. Para atravessar esse cenário de transformação, foi necessário usar diferentes lentes para entender as principais mudanças e navegar em ambientes complexos, cada vez mais carregados de incertezas.

Nosso modelo mental precisou rapidamente se adaptar a uma nova realidade, modelos de negócios precisaram ser revisitados, estratégias foram alteradas e processos de tomada de decisão tiveram sua prova de fogo, na medida em que muitos dos impactos de suas decisões eram desconhecidos.

Esse ambiente que permeou todo o ano de 2020 deixou claro que organizações que já investiam na aceleração tecnológica saíram na frente, pois uma das barreiras para a continuidade e expansão dos negócios foi a tecnologia. Na outra ponta, a força da cultura organizacional e o foco em uma liderança humanizada fizeram a diferença para sustentar essa travessia.

O cenário acima evidencia que as demandas e temáticas dos conselhos se tornaram bem mais complexas. Novos olhares, portanto, são necessários. A inovação precisa estar presente no mindset do conselho e em toda a organização. As mudanças de comportamento no consumo, nos conceitos de moradia, na nossa forma de trabalhar e na mobilidade alteraram nosso relacionamento em todos esses níveis.

Valores foram revisitados, outros foram ressignificados, e nosso olhar para o meio ambiente, saúde do planeta e consciência coletiva foram amplificados. Da mesma forma, nossa relação com a tecnologia abriu a consciência de que uma governança de dados e um foco constante na segurança cibernética passaram a ser temas de alta prioridade na pauta dos boards.

Outra questão bastante relevante que precisa ser levada em consideração é a composição do conselho. O formato atual está apto para atender aos desafios que estão sendo impostos? Os conselheiros possuem as skills necessárias. O board é diverso o suficiente para que as discussões sejam ampliadas? O mindset do conselho está alinhado ao propósito transformador da empresa? Respondidas essas questões, os principais temas do conselho, além dos já comentados, precisam estar centrados:

  1. nas avaliações de tendências que possam impactar os negócios e quais oportunidades podem emergir dessas tendências;
  2. nas possibilidades de escalar o negócio ou parte dele;
  3. na avaliação de infraestrutura necessária;
  4. em estabelecer e estimular políticas de investimento em inovação, bem como em avaliar tecnologias aplicáveis ao negócio;
  5. em políticas de atração, retenção e desenvolvimento de talentos (são os talentos que promovem as principais inovações);
  6. no fortalecimento da cultura organizacional, promovendo a inclusão, pertencimento e engajamento dos funcionários;
  7. em incentivar a implementação de políticas ligadas à saúde física e mental do quadro de colaboradores;
  8. em ter como valor atuações e políticas alinhadas com a agenda ESG, gerando impacto a sociedade.

Por último, mas não menos importante, é preciso que as decisões do conselho tragam perenidade ao negócio, por meio da preservação e estabelecimento de uma estrutura de capital saudável.


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