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Muito mais que open banking: open finance, open insurance e open everything

Muito mais que open banking: open finance, open insurance e open everything
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jun. 28 - 3 min de leitura
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Todos já conhecem a frase “dados são o novo petróleo”. Cada vez mais dados são criados. Mas os dados, por si só, não resolvem nenhum problema. É preciso pensar o que realmente é preciso fazer com eles, qual estratégia e modelo de negócios devem ser usados. E é aí que está a diferença entre dados e petróleo: enquanto o petróleo vai acabar um dia, os dados não vão. Aliás, só vão crescer.

Isso fica mais evidente quando vemos que o open banking já é uma realidade no Brasil. No dia 15 de julho de 2021, entraremos na fase 2, com o compartilhamento dos dados cadastrais, transações de conta, informações de cartões e operações de crédito. Significa que cada vez mais os dados não ficarão mais “na mão” dos bancos, mas na dos usuários, os verdadeiros donos dos dados. A cada fase do open banking, fica nítido que ele vai virar open finance. Além disso, vemos que, assim como o open banking, que está sendo liderado pelo Banco Central, temos o open insurance, liderado pela Susep. Assim, teremos mais concorrência nos mercados, o que trará mais inovações, sempre focadas e centradas no cliente (customer centric).

Será que esse é o nosso futuro? Open banking, open finance, open insurance e, quem sabe, open health... Open everything? Independentemente se esse é o futuro ou não, as empresas precisam entender que não se trata de, simplesmente, utilizar os dados, mas ter uma estratégia de uso, o consentimento do cliente ou de qualquer pessoa física. A LGPD vem para isso. Lideranças e conselhos precisam estar atentos a essa quantidade enorme de dados e onde eles serão utilizados e para quê. Como se sabe, não é só a multa que pode ser altíssima, mas, principalmente, o impacto reputacional. Os clientes, afinal, têm voz cada vez mais ativa, sendo influenciadores nas mídias sociais.

A inovação deve ser pensada sempre no client centric. Melhor, no human centric. Será que os dados gerados antes da pandemia são relevantes para o mundo atual? Dependendo do contexto, podemos começar a pensar no small data, o que pode até facilitar o uso da Inteligência Artificial, que não fica dependente de grandes quantidades de dados.

Tudo isso mostra o quanto o dado, por si só, não é importante para o negócio (independentemente do open banking ou do open everything). O que importa mais é a sua utilização dentro do contexto e a tomada de decisão a partir dele, já que novos insights e uma tendência de mercado ou de negócio podem ser um diferencial para a empresa. Não se deve esquecer, contudo e é claro, de fazer a governança desses dados.


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