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Garantir a privacidade e a segurança dos dados é o grande desafio do modelo open

Garantir a privacidade e a segurança dos dados é o grande desafio do modelo open
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jul. 20 - 3 min de leitura
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O conceito de open everything prevê a abertura de dados, permitindo que eles sejam reutilizados ou intercambiados entre negócios e serviços e até mesmo combinados para compor novas soluções para o mercado. Esse modelo gera maior criatividade e competitividade nos vários setores, ao mesmo tempo em que exige cuidado com a segurança e a privacidade no fluxo de informações.

O princípio por trás do open everything é baseado na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que considera que os dados referentes ao cliente, antes controlados pelas instituições ou empresas que os coletavam, pertencem ao próprio consumidor, quem decide como as quer utilizar, com quem e quando as compartilhar. A conexão entre as instituições é possível graças à padronização das APIs (Application Programming Interface), garantindo agilidade e fluidez à interface e troca de informações entre aplicações. 

A facilidade de integração em um mesmo ecossistema e o controle de dados pelo consumidor causam uma disrupção no mercado, acirrando a competição entre as empresas por soluções melhores e mais personalizadas, com menores custos. O empoderamento do cliente permite-lhe migrar entre as instituições que melhor atendem às suas demandas, com segurança e facilidade.

Open everything, como o próprio nome sugere, tem aplicabilidade em diversos setores. Um dos primeiros a ser impactado foi o setor financeiro (open banking/ finance), que desenvolveu soluções como o Pix, além de ampliar seu escopo de clientes, criando soluções personalizadas para novos públicos, inclusive os desbancarizados.  Na área de tecnologia, o open tech fomenta a colaboração de desenvolvedores, gerando soluções inovadoras e processos mais econômicos.

Alinhado a esse processo, surgiu o open innovation, que prevê a cultura de colaboração e parceria entre empresas para a criação de produtos e serviços novos ou sinérgicos.  Finalmente, o open everything também tem sido aplicado em outros setores, como saúde, seguros e fitness, permitindo a integração das informações entre os diversos interlocutores, de maneira a oferecer um melhor serviço e experiência ao consumidor.

O modelo open tem como principal desafio garantir a privacidade e a segurança dos dados: quanto mais sensíveis as informações, mais avançados devem ser os dispositivos e processos de controle contra vazamentos. As empresas devem incorporar igualmente a gestão de consentimentos, na qual o usuário explicita sua aprovação para o uso dos dados segundo finalidades específicas, tendo a liberdade de revogá-la a qualquer momento.


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