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Do jeitinho brasileiro à inovação forçada

Do jeitinho brasileiro à inovação forçada
Wagner Coladel
out. 24 - 2 min de leitura
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No Brasil posicionamentos estratégicos acerca de inovação sempre foram mais evidentes em empresas diretamente ligadas à tecnologia. Ou, ainda, naquelas que já tinham a inovação em seu DNA (como as startups), em seus boards ou nato em seus fundadores.

O cenário anterior a pandemia da Covid-19 era favorável ao nosso país: com uma alta demanda por alimentos e matérias-primas básicas, principalmente da China, parecia que podíamos nos dar ao luxo de esperar que outros inovassem e então veríamos o que poderia ser aproveitado.

Já em um mundo pós-coronavírus, de uma maneira geral, o posicionamento foi de cautela total nos segmentos menos afetados imediatamente, com uma paralisação temporária de investimentos (como ocorreu na indústria de máquinas) e redução de produção, até a adoção de medidas drásticas como demissões, fechamento de unidades ou ainda a suspensão de contratos em setores mais afetados (educação presencial, bares, restaurantes e empresas aéreas). 

Neste último grupo, porém, o que se viu foi a necessidade imediata de inovar na forma de fazer, entregar e gerir apenas para viabilizar a continuidade do negócio.

Desde a adoção rápida de novas formas de fazer as coisas (home office), passando pelo incremento dos serviços de delivery, até o avanço da telemedicina, podemos ver inúmeras evoluções em termos de posicionamento estratégico - boa parte delas graças a uma pressão tremenda para sobreviver em setores que não atravessariam a crise sem inovações profundas.

As mudanças na legislação trabalhista (ainda que insuficientes), o enorme contingente de pessoas que ingressaram no sistema bancário digital, o fortalecimento do ensino à distância, as videoconferências e a escalada do comércio eletrônico são amostras de mudanças que demorariam muito mais tempo para impactar parcelas expressivas da população. E são ainda indicativos de que usar a inovação como estratégia não é mais uma opção, mas sim uma obrigação.

Mundo afora, países ou regiões (como Israel ou o famoso Vale do Silício), há tempos davam fortes sinais de que as estratégias que valorizavam a inovação eram a trilha a ser seguida.

No Brasil o novo cenário parece favorável ao nos apontar o mesmo caminho: ao escancarar para todos que não há zona de conforto que seja eterna, e que só a inovação nos levará a outros patamares, somos forçados a inovar para sobreviver e competir.


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