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A urgência de alinhamento da governança

A urgência de alinhamento da governança
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out. 8 - 3 min de leitura
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Uma carreira empresarial longa e criativa leva, por vezes, a uma vantagem competitiva na análise sobre cenários econômicos, mesmo que intuitiva. Afinal, foram várias retomadas experienciadas após várias crises em âmbito nacional e, até quando o mercado achava que não haveria nada mais distópico quanto o Plano Collor (quando acordamos com discursos na TV e contas bloqueadas), vem a crise climática e com dados alarmantes e a pandemia para provar que nada é impossível.

A cada crise, o cruzamento de dados e referências é um subsídio valioso de lições aprendidas que servirão para o próximo enfrentamento. Neste sentido, trago alguns insights: considero que a criatividade e a resiliência são a base de um novo road map, independentemente do panorama desafiador a se enfrentar.

A criatividade ainda é o caminho que permite buscar estratégias inovadoras, sendo potencializada na forma como são facilitadas por meio de metodologias ágeis. Imprescindíveis para buscar inovações necessárias, sendo viáveis técnica e economicamente, facilitam a rápida revisão, se necessário. As decisões tomadas a portas fechadas pelos conselhos já não fazem sentido, e squads são formados pela equipe com poder de decisão para estudar inovações tecnológicas, arquiteturais ou incrementais. Os processos internos, (comunicação e vendas cabem nessa visão) permitem soluções mais rápidas e assertivas, para que sejam adequadas rapidamente às demandas de curto prazo.

Já considerando o médio e longo prazo, avalio que incluir resiliência na estratégia dos negócios é crucial, dado o fato de que o panorama é instável, indefinido e não heterogêneo entre os diversos setores na economia. Também considero resiliente adequar a estratégia da empresa aos critérios ESG, uma vez que é vital o engajamento do setor privado, de preferência de forma consciencial, pelos riscos associados à descapitalização, perda de mercado ou imagem. Esse cenário pode indicar a revisão do desempenho e/ou propósito dos produtos ou serviços core da empresa, incluindo a criação ou eliminação de alguns deles, caso tenham mais aderência aos setores em sólida ascensão, em processo de declínio ou extinção, respectivamente.

Sim, praticar o desapego (ou flexibilidade, se preferirem) através de inovações disruptivas ou mesmo radicais, pode, paradoxalmente, atender a uma lógica bem “cringe”: em uma crise, vão-se os anéis, mas ficam os dedos... ou, de forma otimista, pode garantir a retomada com produtos de maior market share!

Por todos esses aspectos, as decisões (estruturais ou não), precisam ser ágeis e o que muda, principalmente, é a urgência de alinhamento da governança no que tange o apetite ao risco e à inovação para acelerar novas estratégias de enfrentamento.


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