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Acionistas vs Zuckerberg: 5 lições da última reunião com investidores do Facebook

Acionistas vs Zuckerberg: 5 lições da última reunião com investidores do Facebook
Anderson Godz
jun. 2 - 3 min de leitura
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Lição #1: Decisões para empresas como o Facebook são tão complexas quanto governos e nações 🗺

Talvez sejam mais complexas. Imagine-se no board de uma empresa de 2 bilhões de usuários. Sua decisão pode, por exemplo, criar uma moeda virtual mundial (Facebook Coin) ou influenciar micros redes globalmente, desafiando nações.

Na reunião Mark comentou que espera dos governos mais envolvimento com decisões que precisam ser tomadas por empresas como o Facebook.

Lição #2: Monopólios viram alvo 🎯 

Como escrevi antes: “Na visão de Peter Thiel, fundador do PayPal, os monopólios da nova economia, como Google, são bons para a sociedade porque foram construídos sob uma base de competência e valor para os consumidores. Ele pode estar certo mas, por outro lado, monopólios viram alvo para os agentes reguladores, como tem ocorrido com o Facebook e já ocorreu com a Microsoft e Bill Gates”. 

Mas não é só reguladores ou governo. Organizações de um novo poder, como a SumOfUs, lideraram protestos e cartazes em frente ao prédio do Facebook durante a reunião na semana passada.

Lição #3: Heróis digitais viram rapidamente vilões digitais 🏅🕳

Há pouco tempo Mark era herói. Atualmente, teve que escutar de um dos acionistas na reunião que o Facebook é a “autocracia falida de Zuckerberg”.

Ninguém mais na Bay Area tem tanto poder sobre uma gigante da tecnologia como Mark tem. Larry Page, na Alphabet, e Bill Gates, na Microsoft, são exemplos de que o fundador dificilmente consegue seguir por muito tempo como o presidente do conselho.

 

Lição #4: Modelo de negócio do Novo Poder, Valores do Velho Poder.♟

"Eu sei que não temos hoje exatamente a melhor reputação em termos de privacidade (dos usuários), para dizer o mínimo", disse Zuckerberg. Essa frase me lembrou o clássico livro “As 48 Leis do Poder” de Robert Greene. 

Uma das lições do livro sugere “Use a honestidade e generosidade seletivas para desarmar a sua vítima“. Mark tem usado esse recurso com frequência desde o escândalo da Cambridge Analytica - consultoria que usou indevidamente informações de 87 milhões de usuários do Facebook. 

Em outro momento da reunião Mark desvia de uma ácida pergunta sobre estar disposto a ter um pouco menos de poder: “Nesse ponto, não importa o que eu penso ou o que qualquer um de nossso times de produto ou conteúdo pensa”, afirmou.

Lição #5 Hipertransparência 🔬

Essa reunião é um belo exemplo. Podemos ouvi la na íntegra através desse link. Já imaginou isso no seu conselho?

https://edge.media-server.com/m6/p/d5wo2w56

 


Anderson Godz, Criador da Comunidade e Autor do Livro Governança & Nova Economia. Investidor em Startups, Advisor, Conselheiro de Administração, Professor Convidado da FDC e Mestre em Governança Corporativa e Sustentabilidade.

Criador do Board Canvas e do MasterClass G&NE, o mais inovador programa brasileiro de governança para a nova economia. 


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