Atualmente, enfrentamos desafios conhecidos. Vamos, também, enfrentar outros que ainda nem sabemos como irão se apresentar. Fato é que o mundo não será o mesmo no cenário pós-Covid, tanto nas interações humanas quanto na relação com a tecnologia em relação à velocidade de transformação que presenciamos diariamente. Muito se especula e pouco se sabe sobre como será o mundo quando a pandemia tiver fim; o que sabemos é que grande parte das pessoas que ainda não estavam inseridas no “mundo tecnológico” aprenderam uma nova forma de se relacionar, de trabalhar, de se divertir e de atender às necessidades básicas de consumo, como ir ao mercado, pedir comida, etc.
Diante desse cenário, a inovação passa a ser um diferencial competitivo (isso se não for uma questão de sobrevivência) gigantesco para todas organizações, sociedades e países. O mundo todo vem se preparando para essa virada de chave há algum tempo, seja com incentivos governamentais, empresariais, investimentos privados, entre outros. A formação de profissionais altamente capacitados para a inovação vem sendo observada em países que estão à frente nesse assunto e que ditarão o rumo da economia global nos próximos anos.
No Brasil, esses investimentos em inovação ainda estão concentrados em iniciativas particulares - em algumas grandes empresas tradicionais ou em startups. Também possuímos grupos de estudo e comunidades que pensam a inovação e novos modelos de negócios, mas não se vê, em geral, um movimento de política pública sobre o tema. Em nosso país, ainda observamos fortes investimentos em modelos de negócio tradicionais; não que isso seja errado, mas não percebemos apetite governamental para inovar.
Trazendo para o micro, observando in loco um grupo empresarial com fortes raízes nos modelos de negócios tradicionais, posso dizer que a inovação agora fica em voga, vez que não há mais como ignorar o tema. Estamos rodeados de casos de concorrentes, parceiros e outros players de mercado que já praticam o assunto há mais tempo e que se destacam no atual cenário, seja por meio de produtos adaptados à nova realidade, seja pela velocidade de ajuste de rota e de atendimento ao cliente e/ou mercado.
Certo é que mais e mais rápido precisamos agir, pois enquanto engatinhamos no assunto como país e enquanto alguns setores e empresas demoram para iniciar a transformação, mais nossos concorrentes globais estão avançando e ditando como será a nova economia. Quanto mais se adiar o investimento em inovação, como iniciativa privada ou como nação, pode ser que seja tarde demais - e não fará o menor sentido pensar no assunto quando o bonde da história já tiver passado.